sexta-feira, 16 de maio de 2014

Por que amar alguém?


Um dia li em algum lugar a explicação de porque amamos alguém, o texto não era detalhado, mas falava algo sobre honestidade, caráter e bom gosto. Dizia que não amamos alguém por ser educado ou por ser fã do Titãs, que esse tipo de coisa é apenas referência, que na verdade o que nos leva a amar é o mistério e o fascínio que alguém nos provoca.

Concordei em parte. É claro que precisamos nos sentir fascinados, e atraídos por algum tipo de mistério, mas há coisas que são muito mais significantes e que não podem ser vistas apenas como referências, dentre elas há duas que me encantam: a coragem e a inteligência, não necessariamente nesta respectiva ordem de importância.

Quando falo de coragem, que isso fique bem claro, não me refiro a um super-homem, com super poderes que aparece sempre que precisamos, luta contra os piores malfeitores e nos livra dos piores apuros. Quando falo de coragem quero dizer sobre aqueles que ‘não tem medo’, que encaram a vida como uma grande aventura única, que acreditam nos seus sonhos, que são fortes para lutar e para conquistar tudo aquilo que desejam. Admiro aqueles que sabem o que querem e que acreditam que querer é poder, não havendo nada no mundo que possa impedi-los de chegar onde anseiam.

Tomando a liberdade de citar Vinícius de Moraes eu diria: "os muito burros que me perdoem, mas a inteligência é fundamental". Quem nunca ouviu dizer que inteligência é afrodisíaco? Não há nada mais charmoso na face da Terra do que uma pessoa que saiba falar de qualquer coisa e que tenha opinião (sem impô-la, claro) sobre diversos assuntos. Não sei se é porque eu tenho verdadeira 'birra' de ficar inventando argumentos e 'esticando papo' pra estabelecer um diálogo legal, que, pra mim, não há nada mais confortável que uma pessoa que saiba conversar, que saiba ser fluente e deixar as coisas rolarem.

Agradar as mulheres não é difícil, pelo contrário, tudo o que as mulheres querem são pessoas inteligentes, que saibam ser divertidos com frequência, sérios quando conveniente, sistemáticos quase nunca, discretos quase sempre e brutos quando necessário.

Mudando um pouco de foco, há algo que é extremamente relevante e que eu não posso deixar de mencionar. Eu já ouvi dizer que toda mulher sabe se tem alguma probabilidade do relacionamento dar certo, a partir do primeiro beijo. Pode até ser que isso funcione ou que tenha algum fundamento lógico, afinal ninguém quer continuar saindo com alguém cujo beijo é ruim, mas o que realmente importa pra mim, até mesmo antes do primeiro contato bucal, é a compatibilidade do abraço. Nunca tive um relacionamento que durasse se o abraço fosse incomodo ou desconfortável.

E acho que não é só para mim... uma vez uma amiga contou, que saiu com um garoto que a enforcava toda vez que ia abraçar. Ele a abraçava de gancho, com apenas um braço; desistiu dele antes mesmo de beijá-lo. E em várias outras ocasiões ouvi relatos de pessoas, que não conseguiam se encaixar nos outros abraços, e o relacionamento não vingava.

Quando meus relacionamentos duraram de verdade foi quando num fechar de braços eu me senti em casa, foi quando cada canto do meu corpo encontrou uma brecha para se acomodar no corpo de lá; foi quando eu senti que o mundo podia desabar lá fora que eu estaria protegida ali.

Sinceramente, acho que não sei por que amamos alguém. Vai ver existem coisas que são apenas referências, ou vai ver o que realmente importa é o jogo de mistérios. Definitivamente, quem será a pessoa mais indicada para falar de amor?

Com referências ou não, sou simples assim como aquilo que me encanta: coragem, inteligência e um bom par de braços.

E vc, o que te encanta?

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