quinta-feira, 17 de outubro de 2013

Uni Duni Tê


Uma das coisas mais difíceis da vida, sem dúvida, são as decisões.
Ter que escolher entre A e B nunca foi fácil!
Quando somos crianças, no entanto, o processo de escolha é mais lúdico... uni duni tê.... vou comer branquinho e não negrinho... uni dune tê... vou dormir na casa da Joana e não da Maria. Não há sofrimento. É simples: ou isso ou aquilo!

Um pouco adiante, a vida começa a nos impor decisões mais importantes, e a gente começa a se conhecer melhor... Vou ser médico ou músico? Caso ou compro uma bicicleta? Um ou dois filhos? Casa ou apartamento? E vamos determinando nosso futuro sem questionar muito as opções, sentimos aquilo e, pronto, decidimos por aquilo! Temos uma vida inteira pela frente e a mínima noção do que seja arrependimento!
Crescemos, amadurecemos e temos que conviver com nossas escolhas... ou melhor, temos que conviver com o fantasma das nossas “não escolhas”, nossas renúncias... o que ficou no “e se....”!

E se eu tivesse ido para o exterior fazer a pós? E se eu tivesse estudado francês? E se eu tivesse sido músico? E se eu, simplesmente, tivesse comprado uma bicicleta?
Com ou sem arrependimentos, o tempo passa... Somos forçados a carregar o peso das escolhas não feitas, assumir o caminho que resolvemos trilhar naquela encruzilhada que ficou pra trás. As escolhas começam a virar culpa, e procuramos os amigos, terapia, cartomantes e remédios que possam nos aliviar, nos consolar, dividir com a gente a responsabilidade sobre as nossas decisões. Ouvimos conselhos e opiniões, mas decidir é um processo solitário e só nós somos responsáveis por ele, dê certo ou errado.
Por vezes, na ânsia de justificar nossas escolhas , usamos o destino como aliado, um álibi, e nos confortamos com o fato de que “era pra ser”!

Por mais dolorido que possa parecer, somos resultado da nossas escolhas, ou das coisas que escolhemos deixar pra trás, e amadurecer significa arcar com elas!

Mas chega um momento no qual nossas escolhas passam a ser definitivas, não há mais tempo pra arrependimentos, impossível dar ré e pegar a outra estrada, não há com quem dividir o peso de uma decisão e sentimos uma saudade enorme do tempo em que o “salamê minguê” apontava o caminho!

Portanto se vc escolheu casar e não comprar uma bicicleta, assuma os riscos e seja feliz!



3 comentários:

  1. Grandes palavras amiga... perfeito! Profundo e verdadeiro...

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  2. É isso que vc disse amiga, profundo e verdadeiro!
    Obrigada sempre por acompanhar o blog!
    um beijao

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  3. è bem isso mesmo que vc falou, eu escolhi morar com meu noivo, tive que arcar com mtas consequências..
    Estou seguindo seu blog
    bjs lindona
    http://ingridegoes.blogspot.com.br/

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