quinta-feira, 13 de junho de 2013
O tempo, as mudanças e os novos ventos
Mudando um pouco de assunto....
Inacreditável, mas hoje já é dia 13 de Junho, oficialmente já estamos quase na metade de 2013.
E parece que foi ontem que eu e minha família saimos de férias para a Bahia, uma viagem linda e inesquecível, mas foi em 2012. Parece que foi ontem que casamos, mas foi em 2011. Parece que foi ontem que passei no concurso público. Tem tanta coisa acontecendo ao mesmo tempo!
O ano de 2013 trouxe consigo muitas mudanças, e não apenas físicas.
Não vou mentir, tô assustadinha, rs. Não com a idade em si, mas com a minha percepção de tempo. Os anos me parecem cada vez mais curtos.
Percebo cada vez mais que não temos todo o tempo do mundo. Essa afirmação parece óbvia e até meio boba, mas é a pura verdade. Não, eu não sou dramática e nem acho que esteja velha ou no fim da vida. Mas acho que esse talvez seja o segredo: não precisar esperar tanto para perceber que é preciso dar a devida prioridade a certas coisas.
Acho que pra muita gente a fase dos 30 é a fase das bifurcações no caminho. Caminho A ou caminho B. Caminho B ou caminho C. Ou caminho nenhum, o que também não deixa de ser uma escolha, não é verdade?
Vejo tanta gente que parou no tempo por pura escolha, e que vive reclamando do “destino”, se fazendo de vítima da vida e da sociedade (tipo “eu sou rebelde porque o mundo quis assim”). Mas é que às vezes as consequências das nossas escolhas são muito mais pesadas do que as escolhas (ou não escolhas) em si, do que o momento da tomada de decisão; e é difícil admitir isso. Então cai-se naquele círculo vicioso de reclama-não faz nada pra mudar-reclama-vítima da vida-reclama-não sei mais como recomeçar-reclama.
Agora voltando à questão das bifurcações no caminho. Será que ao invés de uma bifurcação numa dessas estradas-padrão: largas, sinalizadas, iluminadas e previsíveis - não seria possível pegar aquela estradinha do meio? Aquela escondidinha, bem estreitinha , que quase ninguém enxerga?
Eu não sei, e enquanto não chego a uma conclusão, o melhor mesmo é ir vivendo. Já fui dessas de fazer muitos planos a médio e longo prazo, mas hoje vejo que certos planos só nos fazem gastar mais energia em vez de nos proporcionarem prazer.
Não quero ser dessas pessoas que páram no tempo, as vítimas do destino; mas também não quero ser dessas que querem abraçar o mundo com as mãos, e acabam num poço sem fim de planos frustrados.
Busco o tão famoso equilíbrio, que dizem por aí ser a solução para todos os problemas da humanidade. Percebo que a parte mais difícil é, contraditoriamente, tentar mudar os hábitos mais simples.
Hoje em dia prefiro os planos mais simples, e dou prioridade às atividades que me dão prazer. Não tenho receio de falar que finalmente resolvi pensar em mim, finalmente resolvi me dar importância. Se isso é ser egoísta eu não sei, mas sei que é muito bom fazer o que se tem vontade em vez de fazer por obrigação.
Fazer o que eu quero, e não o que as outras pessoas esperam que eu faça. Tá aí, quanto tempo da nossa vida perdemos acumulando planos e cumprindo tarefas que, na verdade, não agregam em nada na nossa vida? Atingindo metas apenas pra que outras pessoas se sintam orgulhosas de você? E quando as metas viram um vício, uma obrigação - há de se ter metas?!
Quantas vezes a complexidade das metas que traçamos para nós mesmos é inversamente proporcional ao prazer que elas nos proporcionam?
As minhas metas para o próximo semestre? Nenhuma, tô de férias de metas.
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