segunda-feira, 18 de maio de 2015

Um pouco da minha história



O mês de maio é um mês tão “cute”. Esse sempre foi um mês emocionante pra mim, porque quando falamos de mães, não tem como o coração não se sentir florido.
Esse ano está mais “cute” ainda, porque foi o meu primeiro ano de mamãe e eu queria falar um pouco sobre a minha história até aqui.
Como toda mulher, eu sempre pensei, quis, sonhei em ser mãe. Mas existiu uma época em que esse parecia ser um sonho distante, talvez se não impossível, pelo menos pouco provável.

Alguns anos atrás fui diagnosticada com cisto no ovário e desde então passei os meses que se seguiram, à base de remédios com hormônios para que ele não se desenvolvesse e eu pudesse ter meus ciclos menstruais todo mês, como toda mulher saudável. Mas ele foi se transformando em um cisto grande, do tamanho de uma laranja, e de massa, o que significava que a única solução para o problema seria uma cirurgia de retirada do ovário direito.
Mas existia um plano superior, e um dia com dores muito fortes no abdômen corri ao médico e ele marcou minha cirurgia para dois dias na frente. Sim, tive que retirar o ovário direito. E com isso, praticamente já havia me conformado com a impossibilidade de uma gravidez.
Mas Deus existe, Ele é real e verdadeiro, e se a minha fé antes não era nem do tamanho de um grão de mostarda, Ele deu um jeito de que eu entendesse que milagres ainda existem nos dias atuais. E acreditem, Ele mudou a minha história!

No dia certo, com a pessoa certa, que me fez viver um amor que eu nem imaginei que ainda pudesse nessa vida (depois que você apanha muito da vida, você esquece que ainda podem existir amores verdadeiros), e três meses depois de um aborto espontâneo, eu estava grávida. Siiiimm, GRÁVIDA!
Na minha primeira ultrassom, minha primeira pergunta para a médica foi “Está tudo bem com o bebê? Ele vai sobreviver?"
Sim, eu vivi um milagre, e se tem uma coisa que eu posso dizer dessa minha experiência de maternidade, foi que Deus fez um milagre na minha vida, mudou minha história, e minha pequena Elis é a maior certeza de que Ele faz coisas incríveis ainda hoje, mesmo com esse mundo dando tantos “tapas” em Seu coração de Pai.
E agora, estou aqui, onde acabo de comemorar meu primeiro DIA DAS MÃES, e não tem nada nessa vida que me dê mais alegria do que poder estar com minha pequena nos braços, e chorando com os comerciais de TV sobre o dia das mães, e entendendo que amor é esse, que é capaz de dar a vida, e sentindo que a vida só tem graça de verdade depois que temos um filho, e entendendo que ser mãe de menina é como ter um jardim florido, cheio de flores e rosas.

Sim, eu sei, mais do que nunca, o valor que a minha mãe tem pra mim, o quanto ela foi a melhor escolha dentre tantas que poderiam existir, e que Deus sempre foi incansável em Suas demonstrações de perfeição, porque só sendo perfeito, para saber qual seria a mãe perfeita pra mim.
Assim, hoje eu só quero dizer, que meu milagre é meu melhor e maior presente, e que eu possa comemorar todos os dias, com a certeza de que não passei por essa vida sem conhecer o verdadeiro amor, o tal do amor incondicional, esse que dá valor, sabor e cor a tudo o que somos e temos.

Eu amo ser MÃE!

sexta-feira, 8 de maio de 2015

Momento difícil


Estou passando por uma fase muito difícil, volto a trabalhar no próximo mês, pois é, está acabando a minha licença maternidade! Talvez algumas pessoas não saibam, mas sou funcionária pública, e esse sempre foi um sonho meu, foram 3 anos de estudos para isso, e deveria estar mega feliz que vou voltar ao meu cargo, mas estou triste e com medo, e tudo isso porque vou me separar o dia todo da minha pequena.

Estou apavorada, choro quase todos os dias, penso que ninguém vai cuidar dela como eu, ninar ela como eu faço e entender cada tipo de choro... Sou daquelas mães que fazem tudo, sabe? Mesmo tendo pessoas comigo, se estou em casa sou eu que assumo a Elis, e isso é por puro prazer, talvez até um certo tipo de dependência...

Tem sido muito mais difícil pensar nessa separação (ainda que apenas durante o dia) do que imaginei. E pior é que eu não tinha (até ter a Elis) aquele instinto maternal acima de tudo, ao contrário, sempre me imaginei muito mais como uma super profissional do que como uma super mãe. Mas desde que a Elis nasceu tudo mudou, e a minha vida passou a girar em torno dela, tudo acaba sendo para ela, por ela e com ela...

Eu nunca me vi mãe full time, largando meu emprego para me dedicar a maternidade. Mas não consigo me imaginar satisfeita voltando a trabalhar agora.
Apesar dos pesares, o que eu queria, era continuar com minha filha.

O que me consola é saber que ela estará bem cuidada.... com minha mãe, meu tio e minha avó. Sei que ali ela será tratada como uma princesa.

Estou pedindo muita orientação a Deus, para acalmar meu coração. Ele me confirma todos os dias, que minha plenitude está na minha família, mas que além dela tenho algumas missões a cumprir.... e por hora, estarei no lugar certo, voltando ao meu trabalho.

Exercer minha profissão, é uma grande paixão! E eu ainda tenho muito a realizar, com esta profissão que sempre sonhei e me preparei. Portanto terei que voltar tranquilamente e sabendo que minha razão estará à minha espera.

Se um dia largarei tudo? Não sei, pode ser que sim, pode ser que não. Mas tenho a plena certeza que de onde Deus me tirar, ele me colocará em algo muito maior.

Estou fazendo a minha parte e aguardando o tempo certo das coisas.